project_02, 2025

*see video with sound;

*portuguese below

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Dimension and technique | The artwork is composed of a single wooden panel measuring 100 x 60 cm. The background layer—an exercise in both patience and physical endurance—was meticulously shaped by carving the surface.  Another layer was developed with black wood ink and acrylic ink, materials that are common and unassuming. Their use underscores how simplicity—whether in material or in gesture—can yield compelling results when approached with intention and sensitivity. The joy is on the ordinary.

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Inspiration | In the Age of Artificial Intelligence

This piece originates from a previous concept designed as an interactive sculpture proposed for the exhibition “In the Age of Artificial Intelligence”. The open call invited artists to reflect on the role of art in a world increasingly shaped by technological acceleration, automation, and the pressures of contemporary life.
   

Visual concept | Positioned as an antidote to the frenetic rhythms of daily existence, the work seeks to establish art as a space of pause, contemplation, and sensory reintegration. The sculpture is conceived through organic forms that evoke movement and natural growth (reminiscent of certain fungi), while simultaneously incorporating technological elements. Within its structure, light sensors and an Arduino system allow the piece to respond to the environment and to the presence of the viewer, generating sounds that transform the interaction into a collaborative composition between artwork and spectator.

   This interplay between raw material and digital systems highlights both the tension and complementarity between human curiosity and technological ubiquity, underscoring art’s capacity to expand perception on sensory and emotional levels. Functioning as a counterpoint to a culture saturated with stimuli and driven by efficiency, the work fosters presence and immersion through the transformation of light and sound. It challenges the logic of immediacy, encouraging attentive listening and embodied awareness.

​​​​​​​​​​​​​​   In doing so, it emphasizes art not as an instrument of productivity, but as a medium of resistance, reorientation, and reconnection with the present moment. By creating a perceptual space that privileges curiosity and contemplation, this work positions art as a site of resistance within a digitalized society. It calls for slowing down, for questioning the automation of human experience, and for a renewed engagement with the sensorial and the poetic—at a time when artificial intelligence has already assumed a central role in shaping our collective existence. Year of Production: 2024-2025.​

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PT

*veja video com som;

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Dimensões e Técnica | A obra é composta por um único painel de madeira medindo 100 x 60 cm. A camada de fundo — um exercício de paciência e também de resistência física — foi cuidadosamente moldada pelo entalhe da superfície com ferramentas. Outra camada foi desenvolvida com tinta para madeira preta e tinta acrílica, materiais comuns e despretensiosos. Seu uso evidencia como a simplicidade — seja nos materiais ou nos gestos — pode gerar resultados instigantes quando abordada com intenção e sensibilidade.

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Inspiração |  Esta peça tem origem em um conceito anterior, desenvolvido como escultura interativa e proposto para a exposição “Na Era da Inteligência Artificial”. A convocatória aberta convidava artistas a refletirem sobre o papel da arte em um mundo cada vez mais moldado pela aceleração tecnológica, pela automação e pelas pressões da vida contemporânea.

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Conceito Visual | Posicionada como um antídoto aos ritmos frenéticos da existência cotidiana, a obra busca estabelecer a arte como um espaço de pausa, contemplação e reintegração sensorial. A escultura é concebida a partir de formas orgânicas que evocam movimento e crescimento natural (lembrando certos fungos), ao mesmo tempo em que incorpora elementos tecnológicos. Em sua estrutura, sensores de luz e um sistema Arduino permitem que a peça responda ao ambiente e à presença do espectador, gerando sons que transformam a interação em uma composição colaborativa entre obra e público.

   Esse diálogo entre a matéria bruta e os sistemas digitais evidencia tanto a tensão quanto a complementaridade entre a curiosidade humana e a ubiquidade tecnológica, ressaltando a capacidade da arte de expandir a percepção em níveis sensoriais e emocionais. Atuando como contraponto a uma cultura saturada de estímulos e guiada pela eficiência, a obra promove presença e imersão por meio da transformação da luz e do som. Ela desafia a lógica da imediaticidade, estimulando a escuta atenta e a consciência corporal.

   Assim, enfatiza-se a arte não como instrumento de produtividade, mas como um meio de resistência, de reorientação e de reconexão com o momento presente. Ao criar um espaço perceptivo que privilegia a curiosidade e a contemplação, esta obra se posiciona como lugar de resistência dentro de uma sociedade digitalizada. Ela nos convida a desacelerar, a questionar a automatização da experiência humana e a renovar o engajamento com o sensorial e o poético — em um tempo em que a inteligência artificial já ocupa um papel central na configuração da nossa existência coletiva.

Ano de produção: 2024 - 2025.​​​